Você prefere ser ou pertencer?
- Isis C. Paranhos
- 29 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Eu sei que para alguns isso parecerá óbvio enquanto para outros egoísmo, mas leia tudo e me conte.

Você tem coragem de desagradar, descordar e até de decepcionar quem você convive?
Ou vive refém do que essas pessoas podem achar e de como irão te julgar?
Eu sei que pode parecer ou óbvio ou egoísta essas perguntas, mas sente só que são dois lados da mesma moeda. E não acho que exista certo ou errado, mas que são duas maneiras diferentes de perceber e vivenciar a realidade.
A primeira delas vai ser desafiadora, você provavelmente vai ser levado ao fundo do seu âmago para realmente entender o que faz sentido para você, o que é um gosto, opinião ou escolha que ressoa com quem você é e como se percebe no hoje.
Muitas vezes você vai entender que o gostava na adolescência já não faz tanto sentido. Que algumas amizades poderiam ser mais por conveniência do que por afinidade e talvez elas ganhem menos espaço na sua agenda.
Você pode se abrir a experimentar estilos, gosto musical, orientação sexual, ideias diversas e muito mais, pois sabe que uma escolha não te define. Mas que a vivencia o contraste de todas elas é o que realmente vai te moldando.
Na segunda delas você se limita a gostos, opniões e julgamentos das pessoas que estão a sua volta, ou que você admira e vou te falar de experiência própria que muitas dessas pessoas só irão gostar de você enquanto você estiver se comportando da maneira que elas julgam como 'correta'.
E isso pode ser em relação a tudo tá, como você se veste, as músicas que escuta, suas opniões a respeito de vida, carreira, relacionamento, mundo e politica então nem se fala.
E aí eu te pergunto, você tem coragem de peitar quem você considera por algo que sente ser mais alinhado com seu 'Eu interno'? Ou você prefere se desalinhar para agradar?
É uma faca de dois gumes esse trem de buscar validação externa, ao mesmo tempo que você como ser humano busca pertencer, você as vezes precisa se anular para conseguir fazer isso.
Só que eu acredito que quem realmente faz sentido continuar na sua jornada de vida vai saber respeitar suas escolhas, opniões e gostos independente de concordar com eles ou não. E sim, isso vai requerer maturidade emocional da parte delas, e já adianto por experiência que várias provavelmente não terão.
E talvez você prefira pertencer do que ser você e tá tudo bem. Eu honestamente não dou a mínima. Mas eu entendi que em qualquer contexto e situação ainda prefiro ser eu mesma.
Em consequência dessa escolha muitos ficaram pelo caminho, outros eu entendo que não faz sentido falar de certos assuntos e no mínimo 90% de todos me julgam por algo.
Mas aí eu tenho muito a agradecer a minha formação e ao meu ano de trainee que me comprovou que eu tenho colhão o suficiente pra bater no peito e falar: F0d4-se!
Fácil? Não é.
Me sinto sozinha? ás vezes.
Me sinto confortável sendo eu? Sim!
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