Por que evitar erros prejudica sua aprendizagem e bloqueia seu desenvolvimento
- Isis C. Paranhos
- 1 de abr.
- 3 min de leitura
Você já sentiu medo de errar a ponto de nem tentar algo novo? Se sim, saiba que isso não é um problema de idade, mas da forma como você aprendeu a lidar com erros desde a infância.
Muitas pessoas, especialmente aquelas que cresceram em ambientes rígidos, internalizaram a ideia de que errar é um fracasso, quando, na verdade, é um mecanismo essencial de aprendizagem.
O que a ciência diz sobre erros e aprendizagem?
O cérebro aprende por tentativa e erro. Quando cometemos um erro, áreas do cérebro como o córtex pré-frontal e o estriado entram em ação para identificar padrões, ajustar estratégias e criar novas conexões neurais.
Estudos em neurociência mostram que:
• Erros ativam a neuroplasticidade, ajudando o cérebro a reorganizar e fortalecer habilidades.
• A frustração moderada pode ser um combustível para a aprendizagem, desde que exista espaço para experimentação e ajuste.
• A rigidez cognitiva (ou seja, evitar erros a todo custo) dificulta o desenvolvimento de novas habilidades e pode aumentar a ansiedade.
Por que adultos sentem mais dificuldade em aprender coisas novas?
Muitos acreditam que a dificuldade de aprendizagem está ligada à idade, mas a verdade é que, ao longo dos anos, nos tornamos menos tolerantes à frustração e mais críticos conosco. Isso nos impede de testar, errar e evoluir.
O que fazer então?
1. Reinterprete o erro – Encare como parte do processo, não como um fracasso.
2. Pratique a autoaceitação – Sua inteligência não está no resultado final, mas na capacidade de adaptação.
3. Torne-se curioso de novo – Pergunte-se: “O que posso aprender com isso?” em vez de se julgar.
Se você sente que travou ao tentar aprender algo novo, talvez seja hora de mudar a forma como você encara os erros. Quer ajuda nesse processo? Entre em contato comigo e vamos trabalhar juntos nessa transformação.
Agora, quero te contar uma história pessoal sobre erros—e quem sabe isso te ajude a perceber que todo mundo erra…
(Sim, também ouvi a música de pagode na cabeça!)
A verdade é que nossos gatilhos emocionais muitas vezes não fazem sentido lógico. Às vezes, nem nós conseguimos entender por que algo nos trava tanto. Mas é exatamente nesses gatilhos que mora a chave para a libertação: quando confrontamos internamente a possível origem do erro ou da frustração.
Essa foto foi tirada em um dia em que eu queria sumir do mapa, por conta de um erro que aconteceu no dia anterior.
Meu maior gatilho em relação a erros sempre esteve ligado à paquera e relacionamentos. Nunca compreendi completamente algumas normas culturais implícitas nessas interações e, por isso, nunca as apliquei nem percebia quando eram aplicadas comigo.
O problema? Nem todo mundo sabia disso. Para algumas pessoas, eu podia parecer arrogante, estranha ou até insensível. Mas, emocionalmente, o que acontecia era o oposto: muitas vezes, eu estava congelando de medo—medo de errar, de ser rejeitada, de não perceber essas sutilezas sociais.
E, por não estar habituada a me colocar nessas situações, quando a rejeição veio, a sensação foi a de que eu queria cavar um buraco e nunca mais sair.
Mas deixa eu te contar uma coisa: eu sobrevivi. Cresci e aprendi.
Hoje, percebo que um erro não define quem eu sou. Ele não é o fim do mundo—é apenas parte do processo. E me tornei muito mais livre ao compreender isso.
Se você sente que trava diante do erro, da frustração ou do medo de rejeição, saiba que há caminhos para mudar essa relação. Quer começar a transformar isso? Vamos trabalhar juntas nessa reprogramação.
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